Criança descobre câncer raro após paralisia no rosto, faz tratamento e é recebida com festa ao voltar às aulas no interior de SP; VÍDEO

  • 25/04/2025
(Foto: Reprodução)
Elisa Estácio passou por cirurgia para retirar tumor cerebral aos 7 anos. Família arrecadou 240 mil reais em dois dias para pagar o procedimento. Aluna retorna à escola após tratamento contra câncer e é recebida com festa por colegas Seis meses após descobrir um tumor cerebral raro, Elisa Estácio, de 7 anos, foi recebida com festa pelos colegas da escola municipal em que estuda, no bairro Jardim do Lago, em Limeira (SP). Ela retornou às aulas depois de um tratamento que envolveu cirurgia e sessões de radioterapia. Receba no WhatsApp notícias da região de Piracicaba Um vídeo feito pela mãe de Elisa mostra alunos, professores e servidores comemorando a volta da aluna, que não frequentava as aulas desde o final de 2024. Elisa foi diagnosticada com Glioma pontino intrínseco difuso infantil (GPID) em outubro do ano passado, segundo a mãe Jéssica Estácio, de 32 anos. O retorno dela para a escola ocorreu na terça-feira (22). Saiba mais sobre o tumor aqui. Na época, Elisa apresentou sintomas semelhantes aos de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), como convulsões e paralisia do lado esquerdo do rosto. Por conta disso, ficou dez dias internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Lá, constataram que houve sangramento no cérebro e que ela tinha um tumor na região. Elisa Estácio, de 7 anos, no dia em que retornou à escola em Limeira (SP) Jéssica Estácio/Arquivo pessoal Sucesso com 'vaquinha' para tratamento Jéssica contou ao g1 que o plano de saúde de Elisa não incluía a cirurgia para retirada do tumor. Assim, a família organizou uma arrecadação online para juntar 200 mil reais, valor necessário para bancar o tratamento inicial. “Começamos a vaquinha no dia 16, uma segunda-feira, às 16h. Na quarta-feira, dia 18 de dezembro, às 8h da manhã, a gente tinha o valor de 240 mil arrecadado para fazer a cirurgia... Foi um milagre! Naquele dia, eu fiz o pagamento do hospital e dos médicos e agendamos a cirurgia”, afirma Jéssica. A cirurgia foi feita em 22 de dezembro em São Paulo (SP). Jéssica conta que, com a ajuda dos médicos, conseguiu uma vaga pelo SUS para que Elisa fizesse o tratamento gratuito no Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (GRAACC). Durante o processo, Elisa teve apoio da família e amigos, incluindo alguns da escola em que estuda. Os cabelos deram lugar às perucas e lenços, mas não por muito tempo. “Ela sofreu quando caiu o cabelo. Ficou com vergonha. Perguntei se ela queria que eu raspasse meu cabelo para que nós duas ficássemos carecas. Ela olhou pra mim e disse ‘Não vai fazer diferença. Eu sou eu, você é você’ e ela aceitou a peruca, a touquinha. A gente dá o tempo dela e ela lida muito bem com isso”, afirma a mãe. Elisa e a irmã, Sofia Estácio de 11 anos Jéssica Estácio/Arquivo pessoal 30 sessões de radioterapia Jéssica Estácio considera que a filha foi curada. Após a cirurgia, a criança fez 30 sessões de radioterapia. “Passamos na médica dia 3 de abril. Ela pôs a imagem do exame e comparou o de janeiro com o de agora. Tanto da coluna, quanto da cabeça e falou assim ‘Cadê o tumor?’. Ela não conseguia ver o tumor... Pela medicina, não podemos falar que ela está curada porque existe um tempo de acompanhamento [...] mas a melhora dela foi significativa, muito boa, um milagre!”, afirma Jéssica. Elisa tem tomado imunossupressores orais e realizado acompanhamento de rotina. A menina, que adora jogos de raciocínio lógico, ler e colorir, contou para a mãe que deseja ser professora da escola em que estuda ou médica do GRAACC. Elisa Estácio Jéssica Estácio/Arquivo pessoal Câncer infantil raro O Glioma pontino intrínseco difuso infantil (GPID) é um tumor que acomete o tronco cerebral, parte acima da nuca que se conecta à medula espinhal. O GPID é considerado maligno e raro em crianças, segundo a revisão publicada pela médica Angélica Toth Cerqueira no trabalho de conclusão do curso de residência pediátrica no Instituto Nacional do Câncer (Inca). O trabalho da médica, aprovado em 2024, ainda apontou a necessidade de mais pesquisas para desenvolver intervenções inovadoras e precisas para melhorar o diagnóstico e as possibilidades de tratamento desse tipo de tumor. Os sintomas clínicos variam de acordo com a região que ele acomete no cérebro, mas a criança pode apresentar: problemas de movimentação, visão, fala e mastigação; dor de cabeça; náuseas e vômitos; fraqueza nos braços ou pernas; perda de equilíbrio e dificuldade para caminhar; mudanças de comportamento; dificuldade de aprendizagem na escola. O diagnóstico é feito com acompanhamento médico e exames de imagens, como ressonância magnética. VÍDEOS: Tudo sobre Piracicaba e região Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba

FONTE: https://g1.globo.com/sp/piracicaba-regiao/noticia/2025/04/25/video-aluna-retorna-a-escola-apos-tratamento-contra-cancer-e-e-recebida-com-festa-por-colegas-no-interior-de-sp.ghtml


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